O desafio de financiar pesquisa em uma pequena comunidade

A diretoria da Associação Capixaba de Medicina de Família e Comunidade andou cogitando financiar projetos de pesquisa em medicina de família e comunidade / atenção primária à saúde. Optamos por amadurecer a discussão antes de seguir adiante, então não temos qualquer anúncio a fazer. Fique à vontade para continuar lendo se você se interessa pelo que a diretoria faz e/ou por pesquisa em atenção primária.

A Associação tem como missão desenvolver a especialidade no estado do Espírito Santo, o que inclui fortalecer a capacidade local de pesquisa em atenção primária. Esse é um dos motivos de realizarmos congressos e outros eventos científicos! Por falar em congressos, os últimos congressos estaduais não deram prejuízo 1, de forma que, uma ou duas gestões atrás, a diretoria começou a pensar na melhor forma de usar esse dinheiro. Isso já nos ajudou no III Congresso Capixaba de Medicina de Família e Comunidade, por exemplo, quando pudemos escolher o lugar mais apropriado para o evento sabendo que não iríamos à falência (por assim dizer) se o congresso flopasse 2. Será que financiar pesquisa também seria um bom isso para esse dinheiro?

Enquanto diretor científico, eu (Leonardo) fiquei de pensar em como seria um edital de financiamento de pesquisa na nossa realidade. Acabei enrolando por causa dos últimos três congressos realizados aqui no ES, mas finalmente o edital de financiamento de pesquisa pela Associação Brasileira de Educação Médica 3 serviu de inspiração. Pedi a opinião de alguns colegas MFC capixabas (com mestrado, doutorado ou interesse manifesto em pesquisa) e trouxe a discussão para a mais recente reunião da diretoria.

Nessa reunião concordamos que a Associação é pequena demais para ficar monitorando se os pesquisadores contemplados estavam mesmo atendendo ás exigências do edital, e ninguém estava a fim de cobrar ressarcimento caso algum pesquisador usasse errado o dinheiro. (Agências de fomento à pesquisa fazem isso.) Outra possibilidade seria direcionar para um único projeto que atendesse a uma demanda originada da própria Associação. Isso seria mais simples de gerenciar, mas no momento não temos uma demanda assim. Por fim, há um complicador de que três dos quatro MFC com doutorado estavam na diretoria e, portanto, não concorreriam ao edital. Fica difícil fugir de conflitos de interesse com uma Associação tão pequena, mas ao mesmo tempo não parece ser uma boa ideia excluir doutores de uma iniciativa de fortalecimento da capacidade de pesquisa. Apesar só 3% dos MFC terem doutorado no Brasil, eles respondem por 50% dos artigos publicados 4.

Nos próximos meses a diretoria vai voltar seus esforços para escolher uma nova sigla, reformar seu estatuto e realizar novas eleições. Como sempre, a diretoria está agindo para garantir os interesses da Associação, e conta com a ajuda dos sócios. Participe!

  1. O dinheiro do congresso brasileiro/iberoamericano de 2021 ficou com a SBMFC e com a CIMF ↩︎
  2. Está no dicionário! ↩︎
  3. Confira no blog da ABEM ↩︎
  4. Vejam nosso preprint Research themes of family and community physicians in Brazil, recém aceito para publicação pela AtoZ ↩︎

Submissão de trabalhos para o Congresso

Você queria mais um motivo para participar do III Congresso Capixaba de Medicina de Família e Comunidade? Agora os Anais do Congresso Capixaba de Medicina de Família e Comunidade estão abertos para a submissão de trabalhos!

Essa edição do Congresso vem com novidades significativas. A comissão científica se propõe a aceitar todos os trabalhos que atendam às condições de submissão, e ainda por cima vai acertar projetos de pesquisa e projetos de intervenção. O outro lado da moeda é que agora autores deverão preparar não apenas um resumo e slides, mas também artigos ou projetos completos. Antes da submissão ao congresso, os trabalhos deverão ter sido depositados em repositórios de preprint; alternativamente, projetos de pesquisa poderão ter sido incluídos em registros específicos. Mais informações nas instruções aos autores!

Em caso de dúvida ou dificuldade, entrem em contato. Nosso objetivo é justamente estimular o desenvolvimento da capacidade de pesquisa dos médicos de família e comunidade aqui no Espírito Santo.

Clube de revista ACMFC, setembro de 2018

Dentre outras funções, o grupo de WhatsApp dos médicos de família e comunidade do Espírito Santo abriga uma espécie de clube de revista. Os integrantes do grupo compartilham evidências científicas interessantes na medida em que as encontram (ou redescobrem), o que frequentemente dispara uma discussão sobre o tema. Às vezes é o contrário: seus integrantes compartilham evidências científicas de que já tinham conhecimento, ou que acabaram de buscar, para responder a alguma discussão que esteja acontecendo no grupo.

Estes foram alguns dos artigos que geraram maior interesse, durante o mês de setembro de 2018:

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Clube de revista ACMFC, agosto de 2018

Dentre outras funções, o grupo de WhatsApp dos médicos de família e comunidade do Espírito Santo abriga uma espécie de clube de revista. Os integrantes do grupo compartilham evidências científicas interessantes na medida em que as encontram (ou redescobrem), o que frequentemente dispara uma discussão sobre o tema. Às vezes é o contrário: seus integrantes compartilham evidências científicas de que já tinham conhecimento, ou que acabaram de buscar, para responder a alguma discussão que esteja acontecendo no grupo.

Estes foram alguns dos artigos que geraram maior interesse, durante o mês de agosto de 2018:

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Clube de revista ACMFC, junho de 2018

Dentre outras funções, o grupo de WhatsApp dos médicos de família e comunidade do Espírito Santo abriga uma espécie de clube de revista. Os integrantes do grupo compartilham evidências científicas interessantes na medida em que as encontram (ou redescobrem), o que frequentemente dispara uma discussão sobre o tema. Às vezes é o contrário: seus integrantes compartilham evidências científicas de que já tinham conhecimento, ou que acabaram de buscar, para responder a alguma discussão que esteja acontecendo no grupo.

Estes foram alguns dos artigos que geraram maior interesse, durante o mês de junho de 2018:

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Clube de revista ACMFC, maio de 2018

Dentre outras funções, o grupo de WhatsApp dos médicos de família e comunidade do Espírito Santo abriga uma espécie de clube de revista. Os integrantes do grupo compartilham evidências científicas interessantes na medida em que as encontram (ou redescobrem), o que frequentemente dispara uma discussão sobre o tema. Às vezes é o contrário: seus integrantes compartilham evidências científicas de que já tinham conhecimento, ou que acabaram de buscar, para responder a alguma discussão que esteja acontecendo no grupo.

Estes foram alguns dos artigos que geraram maior interesse, durante o mês de maio de 2018:

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Clube de revista ACMFC, abril de 2018

Dentre outras funções, o grupo de WhatsApp dos médicos de família e comunidade do Espírito Santo abriga uma espécie de clube de revista. Os integrantes do grupo compartilham evidências científicas interessantes na medida em que as encontram (ou redescobrem), o que frequentemente dispara uma discussão sobre o tema. Às vezes é o contrário: seus integrantes compartilham evidências científicas de que já tinham conhecimento, ou que acabaram de buscar, para responder a alguma discussão que esteja acontecendo no grupo.

Estes foram alguns dos artigos que geraram maior interesse, durante o mês de abril de 2018:

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Clube de revista ACMFC, março de 2018

Dentre outras funções, o grupo de WhatsApp dos médicos de família e comunidade do Espírito Santo abriga uma espécie de clube de revista. Os integrantes do grupo compartilham evidências científicas interessantes na medida em que as encontram (ou redescobrem), o que frequentemente dispara uma discussão sobre o tema. Às vezes é o contrário: seus integrantes compartilham evidências científicas de que já tinham conhecimento, ou que acabaram de buscar, para responder a alguma discussão que esteja acontecendo no grupo.

Estes foram alguns dos artigos que geraram maior interesse, durante o mês de março de 2018:

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Clube de revista ACMFC, fevereiro de 2018

Dentre outras funções, o grupo de WhatsApp dos médicos de família e comunidade do Espírito Santo abriga uma espécie de clube de revista. Os integrantes do grupo compartilham evidências científicas interessantes na medida em que as encontram (ou redescobrem), o que frequentemente dispara uma discussão sobre o tema. Às vezes é o contrário: seus integrantes compartilham evidências científicas de que já tinham conhecimento, ou que acabaram de buscar, para responder a alguma discussão que esteja acontecendo no grupo.

Estes foram alguns dos artigos que geraram maior interesse, durante o mês de fevereiro de 2018:

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Resumo da 6ª Jornada Capixaba de Medicina de Família e Comunidade

Nesta sexta-feira passada, dia 22 de novembro de 2013, a ACMFC realizou a 6ª Jornada Capixaba de Medicina de Família e Comunidade. O evento foi realizado com o apoio da Ames, cujo 53º Congresso Médico Estadual abrigou a nossa jornada, e com o apoio da Unesc, cujo campus em Colatina sediou os eventos.

A jornada contou com três palestras:

  • Marcello Dalla, médico de família e comunidade, falou sobre a importância da abordagem centrada na pessoa, tanto para o médico de família e comunidade quanto para outros especialistas.
  • Leonardo Fontenelle, também médico de família e comunidade, explicou em que situações o eletrocardiograma é útil na atenção primária à saúde.
  • Lívia Câmara Oliveira, graduanda em medicina, relatou o que aprendeu sobre o sistema de saúde e sobre o escopo da medicina de família e comunidade na Austrália em seu estágio optativo naquele país.

Foi muito bom contar com um público ainda maior que o de costume, graças ao comparecimento em massa dos estudantes da Unesc. Também contamos pela primeira vez com a presença de médicos residentes. É justamente da Unesc o único programa de residência médica em medicina de família e comunidade em atividade no Espírito Santo.

Até a próxima Jornada!